VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇAO DAS TROCAS DE DOLUTEGRAVIR NA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL INICIAL

Introdução

O dolutegravir (DTG) foi o último fármaco da classe dos INI a ser incorporado, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para manejo terapêutico da infecção pelo HIV. Os representantes desta classe têm as vantagens de alta potência, alta barreira genética, maior comodidade posológica e poucos eventos adversos, garantindo esquemas antirretrovirais mais duradouros e seguros.

Objetivo

Conhecer o perfil dos pacientes que trocaram DTG do tratamento antirretroviral inicial, no Ceará, através da Unidade de Dispensação de Medicamentos (UDM) do Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) e os valores de LT-CD4+ e carga viral, no momento da troca e após 1 anos, entre pacientes que fizeram a troca e os que permaneceram com DTG

Método

Estudo tipo caso-controle, com pacientes que iniciaram a terapia antirretroviral com DTG e tiveram que fazer a troca deste medicamento (casos), comparado com pacientes que permaneceram com o DTG no esquema medicamentoso (controle), no momento da troca e após um ano do referido evento. A pesquisa foi realizada no HSJ , entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018. Os dados foram coletados dos prontuários dos pacientes e sistemas informatizados (SISCEL e SICLOM). Foram coletadas variáveis epidemiológicas, contagens de LT-CD4+ e carga viral (CV). Na parte estatística, foi usado o programa Stata 13. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HSJ, com o número: 97053018.00000.5044.

Resultados

No total, foram 45 pacientes no grupo caso e 90 no grupo controle. A média de idade dos pacientes foi de 32 anos, com predominância do sexo masculino (76,3%); a maioria residia em Fortaleza (56,3%); uma pequena parte (20%) necessitou de internação hospitalar e 98,55 tiveram como esquema inicial os medicamentos TDF/3TC+DTG. A média de dias de uso do DTG antes da troca foi de 104,2 dias e o principal motivo para troca foi a tuberculose, com 32 indivíduos (71,11%). Nos dois grupos estudados houve relevância estatística na comparação das contagens de LT-CD4+ e CV, tanto no momento da troca do DTG, quanto após um ano de estudo, em favor do grupo controle (que permaneceu em uso de DTG).

Conclusão

Os pacientes que necessitaram trocar o DTG de seu esquema inicial são predominantemente homens, com idade média de 32 anos, que usaram DTG em torno de 100 dias, em média. Aqueles pacientes que não precisaram trocar DTG de seus esquemas iniciais tiveram melhores resultados de CV e LT-CD4+ após 1 ano de seguimento.

Palavras Chave

HIV; tratamento antirretroviral; dolutegravir.

Você faz parte de algum grupo de pesquisa? Se SIM, favor informar o nome abaixo.

Não

Área

HIV-AIDS, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST

Instituições

Hospital São José de Doenças Infecciosas - Ceará - Brasil

Autores

Lucielmo Faustino Souza, Denise Girão Limaverde Lima, George Jó Bezerra Sousa, Anástacio Queiroz Sousa, Ramiro Moreira Tavares, Erico Antônio Gomes Arruda