Dados do Trabalho

Título

PREVALENCIA DE COVID-19 EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO PRE-INTERNATO QUE FORAM VACINADOS

Introdução

A infecção pelo SARS-CoV-2 acarretou alta morbimortalidade em todo o mundo e a vacinação em massa das populações foi uma medida necessária e urgente. A vacinação proporciona imunidade devido à produção de anticorpos neutralizantes, que impedem a entrada do vírus nas células do hospedeiro, inibindo a infecção. Internos de medicina, médicos e demais profissionais da saúde correm elevado risco de exposição ao SARS-CoV-2.

Objetivo

Determinar a prevalência de COVID-19 em estudantes de medicina do pré-internato que foram vacinados.

Método

Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, descritivo, realizado com alunos cursando o final do oitavo semestre de medicina e que estavam matriculados no ano de 2021-2. Foi realizado um questionário autoaplicável no Google Forms®. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, com parecer no 5.439.790.

Resultados

A média de idade dos 58 alunos que responderam o formulário foi de 24,4 ± 5,1 anos (variação de 20 a 44 anos), sendo 72,4% do sexo feminino. Todos os alunos foram vacinados para a COVID-19, sendo que a maioria (93,1%) recebeu três doses e 6,9% apenas duas. A vacina Pfizer foi a mais utilizada na primeira dose (67,2%), na segunda (67,2%) e na terceira dose (46,6%), enquanto a AstraZeneca (25,9%, 27,6% e 44,8%) e a CoronaVac (6,9%, 5,2% e 0%) foram menos utilizadas. Houve um aumento da utilização da AstraZeneca na terceira dose (44,8%). A maioria dos alunos (n=43, 74,1%) teve COVID, sendo que 60,3% deles tiveram apenas uma vez e 12,1% duas vezes. Desse total, 24,1% tiveram COVID antes da vacinação, 10,3% após a primeira dose, 27,6% após a segunda e 12,1% após a terceira dose. Somente um (1,7%) aluno não realizou teste confirmatório de COVID. Dos 43 alunos que tiveram COVID, 72,4% tiveram sintomas. Porém, somente 24,1% procuraram por atendimento médico e nenhum necessitou de internação. Os principais sintomas relatados foram: febre (48,8%), cefaleia (39,5%), mialgia (37,2%), congestão nasal e coriza (34,9%), adinamia (30,2%), tosse seca (30,2%), anosmia (16,3%) e odinofagia (11,6%).

Conclusão

Todos os estudantes de medicina do pré-internato foram vacinados contra a COVID-19, sendo que a maioria recebeu as três doses. A maioria teve sintomas leves de COVID e nenhum requereu internação.

Palavras Chave

COVID-19. Vacina. SARS-CoV-2.