VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

PANORAMA DA DENGUE NO BRASIL: UMA ANALISE DOS ULTIMOS 5 ANOS

Introdução

A dengue é uma doença infecciosa de etiologia viral que tem como vetor o mosquito Aedes aegypti, o qual pode transmitir um dos quatro sorotipos, denominados de DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4. A dengue continua sendo um grande problema nacional, portanto o conhecimento acerca de sua epidemiologia é essencial para o diagnóstico e tratamento precoce.

Objetivo

Analisar a incidência de casos de dengue nacionalmente nas cinco regiões brasileiras durante um período de cinco anos, associando tais índices a possíveis variáveis que os influenciam.

Método

Estudo descritivo e retrospectivo baseado na consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação do DATASUS sobre número de casos confirmados de Dengue por ano de diagnóstico segundo região brasileira de notificação no período de 2017 a 2021.

Resultados

No período avaliado, houve um total de 3.556.436 casos de dengue no Brasil, sendo mais prevalente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, apresentando 1.632.037 e 732.692 casos, respectivamente. Essa alta incidência nas regiões citadas atribui-se, entre outros fatores, pela alta densidade demográfica nessas localidades. Nota-se aumento significativo de 2018 para 2019, respectivamente, 269.289 e 1.553.546 casos devido ao alto volume de chuvas, às altas temperaturas e à circulação do sorotipo 2 da dengue. Salienta-se que este não se manifestava a algum tempo e poucas pessoas apresentam imunidade contra esse sorotipo, pois como a imunidade induzida pela infecção é específica, o sistema imune fornece proteção duradoura apenas contra o sorotipo infectante. Entretanto, regiões como Sul e Norte do país, apresentaram os menores índices, com 399.828 e 143.662 casos nessa ordem, além do Nordeste que apresentou 648.217 casos, o terceiro mais alto, entre as regiões analisadas. Em contrapartida, entre 2020 e 2021, a média de notificações de dengue foi, respectivamente, 946.956 e 544.795. Essa discrepância nos faz questionar se seria um problema de subnotificação de casos devido à pandemia do covid-19.

Conclusão

Observa-se uma necessidade por parte da gestão em saúde em promover ações preventivas e campanhas de conscientização à população que estimulem o combate a proliferação do vetor dessa doença para, assim, reduzir o grande número de óbitos que ocorrem por essa arbovirose.

Palavras Chave

Dengue; Fatores Determinantes; Epidemiologia; Prevenção.

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Área

Arboviroses

Instituições

UNIFOR - Ceará - Brasil

Autores

Sarah Teixeira Almeida, Thiago Gouveia Aguiar, Marcio Roberto Pinho Pereira