Dados do Trabalho

Título

PANORAMA DA MENINGITE NO BRASIL: UMA ANALISE DOS ULTIMOS 5 ANOS.

Introdução

As meningites manifestam-se por uma inflamação que acomete as meninges, principalmente no espaço subaracnóideo, podendo atingir o segmento cranial e medular. Esta inflamação está geralmente associada a vírus ou bactérias, porém outras causas não infecciosas podem levar à meningite. Para a saúde pública, as meningites bacterianas são mais relevantes, visto a magnitude de sua ocorrência e o grande potencial em produzir surtos. Ademais, altas taxas de morbimortalidade contribuem para a significância epidemiológica dessa etiologia e para a validade de esforços que busquem descrevê-la e quantificá-la.

Objetivo

Analisar a incidência de casos de meningite nas cinco regiões brasileiras durante um período de cinco anos, associando tais índices a possíveis variáveis que os influenciam.

Método

Estudo descritivo e retrospectivo baseado na consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação do DATASUS no período de 2017 a 2021.

Resultados

No período avaliado, foram registrados 64.618 casos de meningite no Brasil. Diante disso, a incidência aumentou até 2018, registrando o maior número (17.583), ressalta-se a menor incidência em 2020 e 2021, com 7.331 e 6.126 casos, respectivamente, o que pode ser justificado pelo distanciamento social e o uso de máscaras para controle da pandemia de Covid-19, diminuindo a incidência de muitas infecções de transmissão respiratória. Outra hipótese é que a falta de recursos nesse período levou a uma subnotificação dos casos. Além disso, a diminuição nos casos de meningite tem relação com a PNI (Política Nacional de Imunização), que, atualmente, proporciona 3 tipos de vacinas gratuitamente para combater tal doença, a tetravalente, a pneumocócica 10 conjugada e a meningocócica C conjugada. Ademais, durante tal período, a região mais acometida foi a Sudeste com 34.371 casos confirmados, em seguida a região Sul com 15.025 e a região Nordeste com 9.175. Essa alta incidência nessas regiões justifica-se pela doença ser mais prevalente em locais com grandes aglomerados populacionais. Desse modo, as regiões com menos casos foram Centro-Oeste (2.736) e Norte (3.311).

Conclusão

Verifica-se que os casos de meningite são notoriamente prevalentes no país, sobretudo nas regiões mais populosas. Portanto, analisar fatores que influenciam na incidência de casos é de extrema importância para estabelecer programas de diagnóstico e tratamento precoces. Ademais, deve ser estimulada a imunização, amplamente disponível na rede pública.

Palavras Chave

Meningite; Fatores Determinantes; Política Nacional de Imunização; Epidemiologia.

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Liga de Farmacologia Clínica da UNIFOR

Área

Infecções Bacterianas