VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

A avaliação no Setor de Emergência de um hospital terciário de doenças infecciosas no Ceará: impacto em condutas de pacientes atendidos em outros hospitais, descrição das avaliações e suas consequências

Introdução

Pacientes com doenças infecciosas são atendidos nos serviços ambulatoriais e hospitalares de diversas complexidades. A avaliação do médico infectologista se faz importante em muitos casos de dúvida diagnóstica e de necessidade de conduta terapêutica rápida e assertiva. Os pacientes encaminhados de outros serviços a um serviço especializado em Infectologia se beneficiam dessa avaliação, e o sistema de saúde é otimizado com relação à administração de leitos e prevenção de complicações clínicas.

Objetivo

Descrever as características clínico-epidemiológicas e os destinos de pacientes encaminhados para avaliação em emergência de um hospital terciário de doenças infecciosas no Ceará via Sistema de Regulação Estadual.

Método

Dados dos pacientes encaminhados para o hospital são sistematicamente registrados em planilhas desde maio de 2022. As informações clínicas, demográficas e os destinos dos pacientes avaliados entre Maio a Agosto de 2022 foram compiladas e analisadas.

Resultados

Nos meses analisados, um total de 70 pacientes foram encaminhados para avaliação, via central de regulação de leitos. A média de idade foi 38 anos (IIQ 26-50), com a maioria do sexo masculino (n=37; 53%). Os pacientes foram encaminhados da capital (UPA, hospitais secundários e terciários) (N=30; 43.9%) e hospitais municipais do interior do estado e região metropolitana (N= 40; 57.1%). A principal justificativa para encaminhamento para avaliação foi: suspeita de meningoencefalite (n=29; 41%); acidente com animais (n=7; 10%); acidente de trabalho (n=6; 9%); suspeita de monkeypox (n=4; 6%); complicações do HIV (n=3; 4%); suspeita de doenças tropicais como leishmaniose (n=4; 6%), dengue (n=2; 3%), malária (n=1; 1%) e leptospirose (n=1; 1%). Com relação ao desfecho, o mais comum foi o internamento (n=26; 37%), retorno para a origem (n=24; 34%), alta após avaliação na emergência (n=10; 14%). Outros desfechos foram: regulação não concluída (n=5; 7%), desistência do paciente (n=2; 3%) e não informado (n=2; 3%). Meningoencefalite (n=15; 58%) foi o principal motivo de internamento. O perfil dos pacientes admitidos eram predominantemente de enfermaria (n=49; 70%), ambulatório (n=19; 27%) e UTI (n=2; 3%).

Conclusão

A avaliação dos pacientes na emergência é fundamental na decisão do internamento, manutenção do perfil hospitalar adequado e correto direcionamento destes pacientes. O presente trabalho reforça a importância da emergência especializada no diagnóstico e tratamento de meningoencefalites no estado do Ceará.

Palavras Chave

Central de regulação; Emergência; Doenças Infecciosas;

Área

Miscelânea

Instituições

Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) - Ceará - Brasil

Autores

Luís Arthur Brasil Gadelha Farias, Madalena Quinto de Azevedo, Francisca Luana Coutinho Freitas, Ana Glaucia da Silva Correia, Rafael Nogueira Abrante, Ruth Maria Oliveira de Araújo, Christianne Fernandes Valente Takeda, Francisco Edson Buhamra Abreu, Tania Mara Silva Coelho, Lauro Vieira Perdigão Neto