VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS OBITOS POR DENGUE NO MUNICIPIO DE FORTALEZA ENTRE OS ANOS DE 2016 E 2022.

Introdução

A dengue é a arbovirose mais prevalente no Brasil. O quadro febril agudo da doença apresenta amplo espectro clínico, podendo ser assintomático ou evoluir para quadros graves e óbitos.

Objetivo

Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos por dengue que ocorreram na população do município de Fortaleza no período de 2016 a 2022.

Método

Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, transversal realizado em conjunto à Célula de Vigilância Epidemiológica (CEVEPI) no município de Fortaleza. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Monitoramento Diário de Agravos (SIMDA), portal eletrônico municipal. Os critérios de inclusão no estudo foram os óbitos por dengue, residentes na cidade de Fortaleza, referentes aos anos de 2016 até o primeiro semestre de 2022. As variáveis analisadas foram faixa etária, sexo, intervalo entre o início dos sintomas e o óbito e regional de residência. Após a coleta, os dados foram tabulados e analisados utilizando o programa Microsoft Excel 2013.

Resultados

No período estudado ocorreram 51 óbitos por dengue no município de Fortaleza. Entre o número total de óbitos confirmados, foi possível observar que houve predominância no sexo feminino, com 56,9% (29/51). A faixa etária com maior número de óbitos confirmados de dengue foi a de adultos entre 20 a 59 anos com 54,9% (28/51), com mediana das idades de 43 anos. Em relação ao tempo de evolução da doença até o óbito, a média da série histórica foi de 10,5 dias. Sobre a regional de residência, observou-se que em relação aos óbitos a regional III e a V concentraram o maior número nos anos 2016, 2017, 2018 e 2021.

Conclusão

Durante os 7 anos analisados, a predominância de óbitos no sexo feminino pode se relacionar com essa população ser predominante na cidade e ficar habitualmente mais tempo em casa com maior exposição à contaminação residencial. Os óbitos por faixa etária demonstram que a doença afeta mais indivíduos adultos, população economicamente ativa, que circula mais pela cidade com maior exposição ao mosquito vetor e disseminação da doença. Além disso, o tempo de evolução demonstra que em situações de óbito a dengue é uma doença que evolui rápido em gravidade, afetando indivíduos mais jovens.

Palavras Chave

Dengue; Infecção por Arbovírus; Óbitos; Epidemiologia;

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Área

Arboviroses

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UFC - Ceará - Brasil

Autores

Mariana Queiroz de Souza, Kamilla Carneiro Alves Marques, Gabriela Silva Holanda, Regina Lucia Sousa Vale, Anna Karolinne Morais e Araujo, José Osmar do Nascimento, Antônio Silva Lima Neto