Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS OBITOS POR TUBERCULOSE NO CEARA ENTRE 2012 E 2021
Introdução
Anteriormente à pandemia de COVID-19, a tuberculose figurava como a principal causa de morte por um único agente infeccioso.
Objetivo
Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes que faleceram em decorrência da tuberculose entre 2012 e 2021.
Método
Estudo epidemiológico descritivo observacional baseado nas notificações de óbito do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Analisou-se os óbitos ocorridos no estado do Ceará entre os anos de 2012 e 2021 cuja causa básica figurava entre A15.0 a A19.9 (CID-10), totalizando 1.278 óbitos. Os dados foram coletados em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza.
Resultados
Em média 67 % dos óbitos notificados anualmente são do sexo masculino. A média anual de idade foi 53,16 anos. Pardos representaram em média 79% dos óbitos por ano, enquanto a situação conjugal mais comum foi solteira, com média anual de 57,5%, sobre a escolaridade, 33 % possuem apenas fundamental I. Os residentes em Fortaleza representam em média 78,5% por ano. Em média, apenas 16% dos óbitos anuais realizaram necropsia (SVO) e 80% ocorreram em estabelecimentos de saúde. Entre os 1.278 óbitos, 69% foram casos de tuberculose pulmonar.
Conclusão
Em relação aos casos diagnosticados entre 2015 e 2020, a proporção entre o sexo masculino e feminino se mantém. Entretanto, um alto percentual de óbitos foi notificado no município de Fortaleza, possivelmente devido a uma maior investigação epidemiológica na capital. É necessário ressaltar que os óbitos de pacientes soropositivos, por serem notificados em outro sistema, não compõem o perfil traçado neste estudo.
Palavras Chave
Tuberculose; Infecções por Mycobacterium; Perfil de Saúde; Epidemiologia
Área
Micobacterioses
Instituições
Universidade Federal Ceará - Ceará - Brasil
Autores
Gabriela Silva Holanda, Francisca Juelita Gomes , Mariana Queiroz de Souza, José Osmar de Nascimento, Antônio Silva Lima Neto , Felipe Saldanha Nobre Ferreira, Leon Moreira Silveira