Dados do Trabalho
Título
NOTIFICAÇOES DE OBITOS E INTERNAÇOES POR DOENÇA ASSOCIADOS AO VIRUS DA IMUNODEFICIENCIA HUMANA EM SERVIÇO CEARENSE DE REFERENCIA EM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
Introdução
A vigilância epidemiológica da infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o monitoramento da evolução da epidemia são fundamentais para o conhecimento do perfil atualizado das vítimas dessa afecção a fim de direcionar ações para o controle da doença na gestão pública.
Objetivo
Estimar o número de internações e óbitos por HIV em um serviço de referência em doenças infectocontagiosas no Ceará e descrever o perfil sociodemográfico destes indivíduos.
Método
Estudo transversal, descritivo. Utilizou-se dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) e da Plataforma de Integração das Informações da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (IntegraSUS) referentes às internações e óbitos por doença pelo HIV em um centro de referência em doenças infectocontagiosas do Ceará, durante o período de julho de 2017 a julho de 2022.
Resultados
O número de casos de pessoas infectadas por HIV notificados pelo centro de referência em questão equivale a 8.479 registros. Destes, 23,1% (1.955) possui ensino médio completo. A maioria é de homens, 78,0% (6.567) e pardos, 79,0% (6.659). A faixa etária de 20 a 29 anos apresentou maior prevalência, 40,4% (3.427) e 78,3% (6.639) dos casos com transmissão por relações sexuais com homem ou mulher. O município de Fortaleza concentra a maioria dos casos notificados de pessoas com HIV, 52,0% (4.407). Houve 7.976 internações neste serviço de referência, corroborando com as estimativas gerais de notificação de casos para sexo e raça, maioria masculina, 77,1% (6.152) e parda, 95,2% (7.589). Discordou em termos de faixa etária, apontando para faixa etária de 30 a 39 anos, 30,5% (2.432). Foram registrados 851 óbitos hospitalares por HIV, sendo o sexo masculino mais afetado, 73,2% (623), pardos, 97,1% (826) e 29,0% (247) pertencentes a faixa etária de 30 a 39 anos. Os índices de mortalidade hospitalar foram 10,7% (851) do total de internações nesse ínterim. O maior número de óbitos e de internações ocorreu em 2019, 22,2% (189) do total de mortes e 22,0% (1.754) do total de internações. Em 2020, houve maior proporção entre o número de óbitos por internação.
Conclusão
A mortalidade por HIV apresenta tendência de que esse público continue sendo o principal afetado pelos óbitos por HIV. Percebe-se a necessidade de ações de prevenção e de cuidados voltados principalmente aos homens, adultos e pardos tendo como objetivo a mudança no perfil da mortalidade e número de internações.
Palavras Chave
HIV, AIDS, Mortalidade Hospitalar
Área
HIV-AIDS, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST
Instituições
Universidade Estadual do Ceará - Ceará - Brasil
Autores
Amanda Kelly Pereira Carneiro, Luana Rodrigues Sarmento, Igor Batista dos Santos, Italo Leite Bringel, Francisca Christina Silva Rabelo, Thiciano Sacramento Aragão , Antonio Andrei da Silva Sena, Karla Larissa de Andrade Pinto, Thayson Silva Pinheiro, Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça Fernandes