VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA COBERTURA VACINAL DA POLIOMIELITE NO BRASIL ENTRE 2007 E 2021

Introdução

A Poliomielite, causada pelo Poliovírus, é uma doença infecto-contagiosa aguda que pode afetar todas as idades. Na sua forma grave, pode causar paralisia nos membros inferiores. Sua forma de prevenção é a vacinação. No ano de 1994, o Brasil foi certificado pela Organização Mundial da Saúde, como um dos países no qual a Poliomielite estava erradicada. Nos últimos anos, a baixa adesão à vacina tornou-se um problema à saúde. Nesse contexto, em setembro de 2022, a Organização Pan-Americana de Saúde listou o Brasil e outros países da América Latina como áreas de alto risco para a reintrodução da doença.

Objetivo

Realizar um estudo epidemiológico sobre a cobertura vacinal para poliomielite, quanto às regiões brasileiras de 2007 a 2021.

Método

Estudo epidemiológico quantitativo, descritivo, comparativo dos dados disponibilizados pelo DATASUS referentes às imunizações para poliomielite, entre 2007 e 2021.

Resultados

De 2007 a 2015, a cobertura vacinal manteve-se entre 96,5% e 105,4%. No ano de 2016, houve uma queda dessas taxas, a média nacional de 98,2% (2015) baixou para 84,4%. Destacando a região Nordeste, que diminuiu quase 19% em um ano. Entre 2017 e 2019, os números se mantiveram relativamente estáveis, apesar de uma subida importante em 2018 (5%). Em 2020, ocorreu um declínio mais acentuado, que persistiu até 2021; apresentando taxas de 76,1% e 69,9% respectivamente. No geral, a região Norte tem as menores taxas de cobertura vacinal no país (87,3%), seguida pelas regiões Nordeste (92,6%), Sul (93,4%), Sudeste (93,5%) e Centro-Oeste (95,1%). Ressalta-se que a média nacional é de 92,7%.
Algumas regiões apresentaram taxas acima de 100%, o que indica uma possível subestimação da população; mas, aponta uma imunização elevada. Supõe-se que a diminuição crescente da vacinação é resultado de ideias anti-vacina, como a percepção de que a vacina não é necessária, visto que a doença “desapareceu”; a descredibilidade da eficácia da imunização ou medo de efeitos adversos; e negligência dos responsáveis. Esse cenário é preocupante e incita maior risco de epidemias de doenças imunopreviníveis.

Conclusão

Logo, diante do que foi apresentado, há de se notar um declínio na cobertura vacinal para poliomielite nos últimos anos, é sabido que esta patologia gera graves problemas aos afetados e a imunização tem papel chave na erradicação dela. A fim de previnir futuros casos e melhorar a qualidade de vida da população, faz-se necessário a implementação de novas medidas para aumentar a imunização para esta doença.

Palavras Chave

Poliomielite, Imunização e Pediatria

Você faz parte de algum grupo de pesquisa? Se SIM, favor informar o nome abaixo.

Não

Área

Imunizações e Infectopediatria

Instituições

Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil

Autores

Larissa Brandão Joventino, Caroline Martins de Souza, Dagmauro Sousa Moreira Júnior