VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS CASOS DE SIFILIS NO MUNICIPIO DE MORADA NOVA – CE

Introdução

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são adquiridas através do contato íntimo e práticas sexuais, além da transmissão mãe- filho, que pode ocorrer via transplacentária, pela passagem do feto pelo canal de parto, ou durante a lactação. Pesquisas e produções científicas sobre IST são relevantes, pois tais infecções têm sido prevalentes na população em geral e em gestantes e nestas podem acarretar complicações obstétricas e neonatais aumentando a morbimortalidade materno-infantil.

Objetivo

Identificar a incidência de infecções sexualmente transmissíveis em gestantes em uma cidade do interior do Estado do Ceará.

Método

Levantamento epidemiológico retrospectivo com caráter observacional, descritivo com abordagem quantitativa, no município de Morada Nova, utilizando o banco de dados do Sistema de Notificação (SINAN), no período dos últimos dez anos (2010-2020). A primeira parte dos dados foram coletados através da secretaria de saúde no município de Morada Nova/CE. A segunda fase foi através da disponibilização dos dados pelo responsável no setor de vigilância epidemiológica do município. A tabulação dos dados sobre características sociodemográficas das gestantes, ocorreu por meio de uma planilha eletrônica no Programa Excel, onde foram realizadas análises estatísticas. A pesquisa não foi apreciada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que a mesma foi desenvolvida por meio de dados secundários de domínio público.

Resultados

Ao avaliar os aspectos sociodemográficos, foi percebido que a grande maioria dos indivíduos com sífilis eram mulheres (88,28%), de raça branca (80,18%) e com faixa etária entre 0-25 anos (82,37%). Outro fator observado foi a escolaridade, sendo que 85,28% das mulheres possuíam até ensino médio. Enquanto isso, apenas 10,72% possuíam ensino superior. A grande maioria das gestantes (56,91%) estão no terceiro trimestre, enquanto outra parcela (21,9%) está no segundo trimestre. Constatou-se que uma grande parcela (61,91%) possuía classificação clínica como latente, enquanto 13,61% era primária, 12,94% foi ignorado e 11,54% era classificação clínica secundária. Em relação ao teste não treponêmico, a maioria das gestantes (54,41%) apresentaram-se reagente no pré-natal, enquanto 25,43% não chegaram a realizar.

Conclusão

Por fim, o estudo demonstrou as vulnerabilidades intrínsecas aos casos notificados de sífilis, como escolaridade e qualidade da atenção à saúde. Destacando, sobretudo, a responsabilidade da qualidade da atenção representada pela detecção tardia da sífilis.

Palavras Chave

Incidência. Infecções sexualmente transmissíveis. Gestantes.

Você faz parte de algum grupo de pesquisa? Se SIM, favor informar o nome abaixo.

Área

HIV-AIDS, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST

Instituições

Centro Universitário Católica de Quixadá - Ceará - Brasil

Autores

MARCUS VINICIUS BRITO BATISTA, MARIA ESYNALYLHE MARINHO MONTENEGRO, Ranieri Sales de Souza Santos, Cinara Vidal Pessoa, Maria Aurilene de Lima Silva , Deborah Ferreira da Silva, Matheus Magno Estrela Mesquita Azevedo, Dayara Maria Holanda Maia, INGRID MARIA FERNANDES DE SOUSA, Carla Patrícia de Almeida Oliveira