Dados do Trabalho
Título
ANALISE EPIDEMIOLOGICA DOS OBITOS POR CRIPTOCOCOSE DURANTE O PERIODO DE 2010 A 2020 NO NORDESTE BRASILEIRO: UMA COMPARAÇAO ENTRE ESTADOS
Introdução
A criptococose é uma infecção fúngica respiratória de natureza sistêmica, com relevante impacto nas regiões brasileiras com climas tropicais e subtropicais, causada por fungos do gênero Cryptococcus em suas duas formas: neoformans e gatti. A criptococose pulmonar, causada pelo Cryptococcus neoformans, possui apresentações clínicas e patológicas variáveis que atingem primariamente os pulmões, a qual pode apresentar vantagens em termos de disseminação e proteção imune. Nesse âmbito, analisar o número de óbitos da criptococose é de suma importância para instruir a adoção de medidas que ajudem no combate da morbidade e da mortalidade de tal patologia.
Objetivo
Analisar o número de óbitos por criptococose entre os estados do Nordeste Brasileiro, durante o período de 2010 a 2020.
Método
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, realizado com base em dados obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/ SUS), durante o período de 2010 a 2020. Utilizou-se, também, informações do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/ SUS).
Resultados
Observou-se que durante o período de 2010 a 2020, o Nordeste apresentou-se como a região mais prevalente no número de internamentos por micoses no Brasil, registrando um total de 29774 notificações das 59621 do país. Dentre os estados, o Ceará é o mais prevalente no número de óbitos por criptococose, um tipo de micose sistêmica, apresentando um total de 51 óbitos do total de 204 durante o período observado. Ademais, em todos os estados do Nordeste ocorreu uma prevalência de óbitos em indivíduos do sexo masculino, bem como da raça parda. Quando se analisa o nível de escolaridade, nota-se uma distribuição homogênea em todos os estados da região.
Conclusão
Conclui-se que, durante o período de estudo, os óbitos da criptococose, dentre os estados do nordeste brasileiro, são mais prevalentes no Ceará, podendo ser ocasionados por fatores ambientais ou do próprio comprometimento imune do indivíduo, a qual aumenta a susceptibilidade da infecção. Ademais, é válido ressaltar a prevalência de óbitos no sexo masculino em todos os estados do Nordeste, bem como o contágio independentemente do nível de escolaridade do paciente. Compreender tais resultados, portanto, é de suma importância na promoção de estratégias que visem o diagnóstico precoce, sobretudo nos estados e públicos mais acometidos, incentivando, assim, o combate a tal doença.
Palavras Chave
Criptococose; Epidemiologia; Nordeste brasileiro
Área
Infecções Fúngicas
Instituições
Universidade Federal do Ceará - Ceará - Brasil
Autores
Thissiane dos Santos Bezerra, Manoel Alves Mota Neto, Roelbe do Carmo Bezerra Junior, Ronaldo Guedes da Silva, Sarah Beatriz Muritiba Delgado, Mylena Evilyn Sousa Costa, Breno Kelvin Dourado Lima, Edeli Santos de Sousa Rocha, Matheus Coutinho Alves da Silva, Antero Gomes Neto