VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DA VACINAÇAO NA INTERNAÇAO HOSPITALAR PELA VARIANTE OMICRON DO SARS-COV2 EM UNIDADE HOSPITALAR PRIVADA NO CEARA

Introdução

A COVID-19 provocou 1,75 milhão óbitos no mundo. Logo, intervenções tornam-se essenciais no controle da disseminação da doença. A vacinação contra o SARS-CoV-2 protege de sintomas graves, reduz a propagação do vírus e a taxa de infecção. Estudos sugerem que a variante Ômicron tem maior transmissibilidade e resistência à imunidade vacinal.

Objetivo

Avaliar o impacto e a repercussão da vacinação nas internações (observando o perfil imunológico e vacinal no impacto direto das internações) contra a variante Ômicron.

Método

Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado em hospital particular de Fortaleza-CE e aprovado pelo Comitê de Ética. Os dados colhidos, entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, totalizaram 95 casos.

Resultados

Dos 95 pacientes (53,68% mulheres e 46,32% homens), 78,94% possuíam mais de 60 anos, internados em Fortaleza, de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022, durante onda de Ômicron (3ª onda no Ceará). Todas as amostras eram positivas para VOC ÔMICRON (sublinhagens BA.1/BA.1.1). Dos 95, 5,26% estavam sem registro vacinal, 2,10% possuíam só 1 dose; 38,95%, 2 doses e 53,68%, 3 doses (33,68% Coronavac/Pfizer, 13,68% Astrazeneca/Pfizer, 2,10% só Astra e 3,15% só Pfizer). Do total, 52,63% tomaram Coronavac, 34,74% Astrazeneca e 7,37% Pfizer. Durante a internação, 37,89% necessitou de suporte de oxigênio e 23,16%, de ventilação mecânica. 42,10% pacientes estavam em UTI. Das internações, 18,95% evoluíram a óbito. 17,90% apresentavam adinamia ou astenia, 32,63% febre, 38,95% tosse, odinofagia 6,32%, 38,95% dispneia ou hiposaturação. Tempo médio de internação 13.5 dias. Importância da vacinação como prevenção de casos graves e infecções por novas variantes de SARS-Cov 2. Em Fortaleza houve 1ª e 2ª onda sem vacinação, e 3ª e 4ª onda com vacinação para COVID-19. Tentou-se avaliar o impacto da vacinação nas internações (avaliando perfil imunológico e de vacinação como impacto direto nas internações). Assim, dos pacientes que possuíam pelo menos 2 doses, os que se vacinaram com Astrazeneca tiveram maior tempo de internação, enquanto os vacinados pela Pfizer tiveram o menor (média de 6,1 dias). Ademais, do total, os vacinados com Astrazeneca tiveram maior mortalidade (30,30%).

Conclusão

Destarte, o grupo vacinado com 3 doses apresentou menos óbitos e menor tempo de internação comparado ao grupo dos pacientes que receberam 2 doses. Assim, após a observação desse resultado foi evidenciado a eficiência contra a variante Ômicron após a terceira dose.

Palavras Chave

Vacina; Ômicron; COVID-19.

Área

Covid-19

Instituições

Centro Universitário Christus (Unichristus) - Ceará - Brasil

Autores

Enzo Lima Alcântara Parente, Laís Cruz Rios, Cecília Braga Tabosa Pacheco, Luiza Valeska Mesquita Fernandes, Amanda Rebouças Bezerra de Menezes, Alberta Oliveira Roque, Melissa Soares Medeiros, Kustodyo Feitosa Custodio, Rafaela Pessoa de Amarim, Raquel Luna Valim