VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

MONKEYPOX E IMPRENSA: O PAPEL DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇAO EM UM HOSPITAL DE DOENÇAS INFECCIOSAS

Introdução

O advento da pandemia de covid-19 chamou atenção da sociedade e dos meios de comunicação para o potencial de risco das doenças infecciosas. A confirmação dos primeiros casos autóctones de varíola dos macacos fora da África, onde a doença era considerada endêmica, acendeu um sinal de alerta para a ocorrência de surtos ao redor do mundo. O interesse da imprensa cearense se voltou ao problema e, naturalmente, para o hospital, unidade da rede pública referência em Infectologia no Ceará. A Assessoria de Comunicação (Ascom) estabelece estratégias para angariar a atenção da mídia, conquistar inserções positivas e evitar possíveis crises de imagem. Uma das ações envolve a disponibilização de especialistas para entrevistas à imprensa sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas.

Objetivo

Assim como ocorreu com a covid-19, foi necessário realizar um alinhamento interno para o atendimento rápido e eficaz às demandas dos veículos de comunicação com foco na monkeypox. Este trabalho tem, portanto, o objetivo de relatar essa experiência.

Descrição do caso ou Relato de experiência

Diante das primeiras notícias sobre casos de monkeypox fora do Brasil, a Ascom identificou, entre os médicos infectologistas da unidade hospitalar, quais teriam disponibilidade e interesse de conceder entrevistas quando o tema passasse a ser abordado nos veículos de comunicação do Estado. A primeira solicitação de entrevista foi feita pela imprensa em 21 de maio de 2022 – 19 dias antes de a doença ser confirmada no Brasil. Entre 21 de maio e 30 de setembro de 2022, a Ascom recebeu 45 demandas de imprensa sobre monkeypox, que foram prontamente atendidas pelos médicos infectologistas da unidade. Ao todo, foram concedidas 24 entrevistas para emissoras de TV, dez entrevistas para rádios e onze para jornais impressos e portais. A Ascom também forneceu vídeos gravados com especialistas da unidade com informações gerais sobre a doença.

Discussão

Além de reforçar a credibilidade da matéria jornalística, o uso de fontes institucionais contribui para orientar a população e valorizar a organização da qual o entrevistado faz parte. Ao manter contato frequente com a imprensa, o hospital também fortalece o relacionamento com a mídia e cria uma imagem positiva.

Conclusão

O levantamento prévio das fontes, somado à aplicação de técnicas de media training (treinamento de um profissional para atuar como porta-voz de uma organização) possibilitou o atendimento imediato das demandas.

Palavras Chave

assessoria de comunicação; monkeypox; imprensa

Você faz parte de algum grupo de pesquisa? Se SIM, favor informar o nome abaixo.

Área

Doenças Emergentes e Re-emergentes

Instituições

Hospital São José - Ceará - Brasil

Autores

Diego Pereira Sombra, Francisco Edson Buhamra Abreu, Luiz Otávio Sobreira Rocha Filho, Christianne Fernandes Valente Takeda, Tania Mara Silva Coelho, Lauro Vieira Perdigão Neto