VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DO MOVIMENTO ANTIVACINA NA DISSEMINAÇAO DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS

Introdução


As vacinas foram importantes intervenções em saúde na história. Junto ao avanço trazido por elas surgiram os movimentos antivacina, trazendo o conceito de hesitação vacinal, que engloba tanto a negação quanto o atraso em receber os imunógenos. Desde seu primórdio, suas questões centravam-se na eficácia e não obrigatoriedade de vacinação e, durante sua evolução, vem ganhando outros aspectos, como a participação da internet, meio eficiente de propagação para informações falsas. Felizmente, o movimento representa uma minoria da população nacional, diminuindo seu impacto nas taxas de vacinação infantil e facilitando ações de intervenção nesse contexto
.

Objetivo

Analisar o impacto da hesitação vacinal nas taxas de cobertura vacinal infantil dos últimos 5 anos no Brasil.

Método

Trata-se de um trabalho quantitativo descritivo sobre o estudo epidemiológico acerca da cobertura vacinal nas seis regiões do Brasil, dentro do período de 2017 a 2021, mediante a consulta ao DATASUS utilizando o modelo do Excel para explanar a tabela. O recorte populacional aborda a imunização predestinada desde o período neonatal aos 9 meses de idade, focando na BCG, na Hepatite B, na Poliomielite e na Febre Amarela. Por se tratar de um banco de domínio público, não foi necessário a submissão ao Comitê de Ética.

Resultados

Considerando a população vacinada contra a BCG no ano de 2017 foi efetuada em 97,98% havendo um aumento em 2018 para 99,72, e o mesmo padrão se repete quando analisada a vacina contra Hepatite B, que em 2017 contabilizou 85,88% e em 2018 passou para 88,40%. Após esse período houve decréscimo contínuo em relação às duas vacinas, com redução de 27,28% da cobertura vacinal contra BCG de 2017 para 2021 e de 23,66% da Hepatite B. A vacina da poliomielite inicialmente também expandiu em 4,8% de 2017 para 2018 e, a partir de 2019, caiu progressivamente, resultando em um decréscimo de 14,76%. Por fim, a vacina da Febre Amarela, que em 2017 abordou 47,37% da população em 2017, em 2018 aumentou para 59,50% e permaneceu expandindo em 2019, totalizando 62,41%. A partir de 2020 ela sofreu um declínio, porém manteve o aumento percentual de 2017 a 2021 em 10,3%.

Conclusão


Em suma, foi observado um decréscimo percentual significativo da população vacinada, principalmente quando comparados os anos de 2019 e 2022. Dessa forma, se faz necessário empregar políticas de reafirmação da importância da imunização para o combate de doenças infectocontagiosas.

Palavras Chave

Movimento antivacina, Doenças infectocontagiosas

Você faz parte de algum grupo de pesquisa? Se SIM, favor informar o nome abaixo.

Área

Educação em Infectologia

Instituições

UNIFOR - Ceará - Brasil

Autores

Ariana Ximenes Parente, Isabelle Girão de Oliveira Lima, Iasmim Saldanha Façanha, Yuri Braide Carneiro, Cecilia Bruna de Almeida, Isabela Simplício do Bomfim, Dagmauro Sousa Moreira Júnior , Davi Ribeiro Cavalcante , Anna Cecília Nunes dos Santos, Brigida Emilia Pereira Quezado