VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA PREVALENCIA DE TUBERCULOSE UROGENITAL EM PACIENTES COM HIV NO BRASIL: 2016 - 2020

Introdução

A Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa e inflamatória crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis. A TB urogenital é a terceira forma mais comum de TB extra-pulmonar, caracterizando-se por ser uma infecção de disseminação hematogênica, afetando mais facilmente pacientes imunossuprimidos e evoluindo cronicamente com lesões renais, desde pielonefrite à doença renal crônica (DRC). Os pacientes com HIV têm risco de 20 a 37 vezes maior de ter TB e são os que mais frequentemente têm a reativação do bacilo latente, aumentando a chance de complicações e mortalidade nesse grupo.

Objetivo

Analisar a prevalência da TB urogenital em pacientes com HIV no Brasil.

Método

Estudo transversal e documental com abordagem quantitativa, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do DATASUS, no período de 2016 a 2020. Foram avaliadas as variáveis de gênero, faixa etária, região, casos confirmados e óbitos por ano.

Resultados

A amostra teve 160 casos de pacientes soropositivos com TB geniturinária confirmados de 2016 a 2020, sendo 115 homens (71,87%) e 45 mulheres (28,13%). Em relação às regiões, cabe destacar a Sudeste, com 58 casos (36,25%), e a Norte, com 44 (27,5%). Quanto à faixa etária, a de 40 a 59 anos foi a mais prevalente com 79 casos (49,38%) e a faixa etária abaixo de 1 ano foi a menos com 1 caso (0,625%). Quanto à mortalidade, 20 pessoas com TB geniturinária e HIV foram a óbito, sendo a TB atribuída como a causa principal do óbito em 2 desses casos, e as outras 18 por outras causas, mostrando que 10% das mortes desse grupo ocorreram pela presença da TB. Ressalta-se, ainda, que dos 1.256 casos confirmados de TB geniturinária confirmados de 2016 a 2020, 211 não realizaram teste para HIV, 13 exames estavam em andamento e 6 não foram registrados.

Conclusão

A TB geniturinária nos pacientes com HIV é mais prevalente em homens e em adultos entre a quarta e a sexta décadas de vida, podendo ser associada ao longo período de incubação do bacilo, à imunossupressão e à dificuldade de diagnóstico. Em países de baixa e média renda, como o Brasil, o subdiagnóstico e a subnotificação são muito comuns, o que corrobora com a mortalidade nesse quadro clínico. Portanto, a fim de controlar essas doenças, urge que a equipe de saúde intensifique o enfoque em prevenção e diagnóstico precoce, além de uma notificação eficaz, tendo em vista fornecer aos órgãos competentes informações que possam gerar novas medidas de promoção, proteção e controle.

Palavras Chave

TUBERCULOSE; HIV; BRASIL

Você faz parte de algum grupo de pesquisa? Se SIM, favor informar o nome abaixo.

Área

HIV-AIDS, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST

Instituições

UNIFOR - Ceará - Brasil

Autores

CAMILA XIMENES Feitosa, Matheus Leite Rodrigues , Alana Costa Santana , Ana Leticia Teixeira de Oliveira, Ana Clara Silva Lima, Gustavo Marques Fernandes Bezerra, Geraldo Bezerra Silva Junior