Dados do Trabalho
Título
ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA FEBRE TIFOIDE E PARATIFOIDE: ANALISE DE 6 ANOS
Introdução
A febre tifoide e a paratifoide são doenças bacterianas causadas pela Salmonella entérica sorotipo Typhi e o Paratyph, respectivamente. Essa bactéria conserva-se em água contaminada, é capaz de permanecer viável no leite e derivados não pasteurizados e esgotos. Sua transmissão é de caráter fecal-oral e o período de transmissibilidade vai da primeira semana de infecção até os quatro meses seguintes, em que há eliminação de bacilos pelas fezes. O agente quando na mucosa intestinal ocorre disseminação hematogênica. No intestino, a bactéria causa enterocolite difusa com úlceras e havendo perfuração, pode ocorrer peritonite. O quadro clínico é caracterizado por febre alta, calafrios, prostração, dor abdominal, diarreia e exantema róseo, podendo levar a sérias complicações, como esplenomegalia.
Objetivo
Compreender a relação epidemiológica entre as internações por febre tifoide e paratifoide no Brasil no período de 2016 a 2021 com o intuito de caracterizar as mesmas em relação às regiões brasileiras e faixa etária.
Método
Estudo analítico, quantitativo e descritivo, com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde referentes ao período de 2016 a 2021 acerca da febre tifoide e paratifoide no Brasil.
Resultados
Foram analisados 616 pacientes internados por essas doenças no período referido. O estudo mostrou que 2016 foi o ano com o maior número de casos, sendo 268, seguido de 2019, com 105. Com isso, foi evidenciado que houve uma redução considerável no número de internações, decrescendo de 268 para 21, perfazendo uma redução para 7%. Por outro lado, a Região Nordeste é a região onde houve mais internações, totalizando 206 (33% do total), seguido do Norte com 172. Em contrapartida, a Região Sul foi a com menor quantidade, sendo ela de 7 internações. A que a faixa etária mais acometida por essa doença no referido período foi a de 20 a 29 anos, totalizando, 33% dos internados, seguido pelas pessoas de 30 a 39 anos, com cerca de 28%, e pelos 10 a 14 anos, que correspondem por volta de 20% do total.
Conclusão
Conclui-se que houve uma redução significativa das internações nesses 6 anos. Entretanto, é essencial que as autoridades governamentais aumentem a divulgação acerca das medidas de prevenção da febre tifoide e paratifoide, como lavar bem as mãos e cozinhar bem os alimentos, consumir leite e derivados pasteurizados, beber somente água fervida ou filtrada e não tomar banho em rios, lagos e piscinas com água contaminada.
Palavras Chave
Febre Tifoide, epidemiologia, internação
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Não
Área
Infecções Bacterianas
Instituições
UNIFOR - Ceará - Brasil
Autores
Virna Vieira Freitas Araújo, Hannah Áurea Girão Dos Santos Araújo, Andressa Silva Araújo, Cristiano César Rodrigues Augusto Gonçalves, Letícia Silva Gurgel, Carolina Paccini Cavalcante, Juliana Carneiro Melo