VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA MORTALIDADE POR ENDOCARDITE INFECCIOSA NO BRASIL: UM ESTUDO EPIDEMIOLOGICO

Introdução

A Endocardite Infecciosa (EI) é a infecção do endocárdio do coração por bactérias, principalmente do gênero estreptococo, as quais formam vegetações que se localizam principalmente nas válvulas cardíacas. Febre, petéquias, sopro cardíaco e esplenomegalia são achados dessa doença.

Objetivo

Analisar e comparar os dados quanto à mortalidade da EI em território brasileiro entre os anos de 2010 e 2020.

Método

Trata-se de um compilado de dados sobre mortalidade e as variáveis de morbidade da EI dos anos de 2010 e 2020, encontrados por meio do website do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS)

Resultados

Foram detectados um total de 875 mortes por EI em 2020 no Brasil, apresentando aumento em relação aos dados de 2010, ano o qual houve 729 mortes. Entre os óbitos de 2020, 340 eram do sexo feminino e 535 do masculino, além de os brancos serem mais acometidos com 541 óbitos, seguida pelos pardos com 247, possuindo o mesmo padrão de epidemiologia de 2010. A faixa etária mais acometida nos dados de 2020 foi a de 60 a 69 anos com um total de 232 casos, sendo seguida pela de 70 a 79, com 202 óbitos, diferentemente de 2010, ano no qual os mais acometidos foram os da faixa de setenta anos. No ano de 2010, foram registrados mais casos entre as idades de 1 a 19 anos quando comparado ao ano de 2020, evidenciando diminuição da mortalidade de EI em crianças e nos indivíduos mais jovens. A região mais acometida do país em 2020 foi o Sudeste com 416 mortes, seguida do Sul (205), Nordeste (165), Centro-Oeste (61) e Norte (181), seguindo a mesma ordem de número de óbitos do ano de 2010.

Conclusão

Tendo como base o exposto, evidencia-se a ocorrência de um significativo aumento no número de casos de EI com o passar dos anos, onde tem-se uma maior mortalidade de indivíduos do sexo masculino. Além disso, percebe-se maior incidência na população caucasiana, sendo 61% dos casos no ano de 2020, seguido da população parda com cerca de 28% dos casos. A maior incidência na faixa de 60-79 reforça o maior risco de EI nesse segmento por maior prevalência do uso de próteses valvares e de diálise, sendo esses alguns dos principais fatores de risco para EI. Quanto a regiões, o maior acometimento no Sul e no Sudeste pode estar relacionado com a maior taxa, nessas regiões, de procedimentos ligados a maior risco de endocardite.

Palavras Chave

Endocardite Bacteriana; Epidemiologia; Cardiologia.

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Área

Infecções Bacterianas

Instituições

Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil

Autores

Thiago Ribeiro Carvalho, Gabriela Barbosa Torres Bitu, Rafael Barroso de Vasconcelos, Leonardo Rangel Saunders, Kamila Almeida Freitas, Marina Farias Marcilio, Eduardo Cesar Teixeira Sirena