VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA LEPTOSPIROSE ICTEROHEMORRAGICA: ANALISE DE 6 ANOS

Introdução

A leptospirose icterohemorrágica, também conhecida como Síndrome de Weil, é a forma mais severa da leptospirose, doença infecciosa causada por espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira, que infecta animais, especialmente os roedores que são o principal reservatório. As bactérias eliminadas na urina desses animais podem ser transmitidas aos humanos através da água e de alimentos contaminados. A Síndrome de Weil ocorre em cerca de 10% das infecções e caracteriza-se por icterícia, insuficiência renal e distúrbios hemorrágicos. O quadro clínico é o mesmo da forma anictérica, agravando após 4 a 9 dias, no qual a icterícia assume uma coloração rubínica. No que se refere a insuficiência renal, chama atenção a necrose tubular aguda com anúria ou oligúria, devido ao mau prognóstico.

Objetivo

Compreender a relação epidemiológica que existe entre as internações no Brasil no período de 2016 e 2021 por leptospirose icterohemorrágica e as regiões do Brasil e a faixa etária dos pacientes.

Método

Estudo retrospectivo, quantitativo e descritivo, com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde referentes ao período de 2016 a 2021 acerca da leptospirose hemorrágica no Brasil.

Resultados

Foram analisados 442 pacientes internados por essa doença na época demonstrada. Com isso, foi evidenciado que houve uma redução considerável no número de internações, decrescendo de 94 para 57, perfazendo uma redução para 60%. Por outro lado, a Região Sudeste é a região onde houve mais internações, totalizando 107 (24% do total) nesses 6 anos, seguido do Nordeste com 96. Em contrapartida, a Região Centro-Oeste foi a com menor quantidade, com 8 internações. A faixa etária mais acometida por essa doença no referido período foi a de 30 a 39 anos, totalizando, 40% dos internados, seguida pelas pessoas de 20 a 29 anos, com cerca de 37%, e pelos 15 a 19 anos, que correspondem em torno de 18% do total.

Conclusão

Conclui-se que houve uma redução significativa das internações nesses 6 anos. Entretanto, é essencial que as autoridades governamentais fomentem a divulgação acerca das medidas de prevenção da leptospirose, como evitar contato com água ou lama, fazer o uso de água sanitária para limpeza de objetos contaminados, além do uso de EPI para pessoas que trabalham com limpeza de entulhos e de desentupimento de esgoto. Além disso, é necessário ser feito obras de saneamento básico, como coleta e tratamento de lixo e de esgotos e controle de roedores.

Palavras Chave

Leptospirose; forma grave; epidemiologia; internação.

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Não

Área

Infecções Bacterianas

Instituições

UNIFOR - Ceará - Brasil

Autores

Virna Vieira Freitas Araújo, Hannah Áurea Girão Dos Santos Araújo, Andressa Silva Araújo, Cristiano César Rodrigues Augusto Gonçalves, Leticia Silva Gurgel, Carolina Paccini Cavalcante, Alessa Silva Araújo, Juliana Carneiro Melo