Dados do Trabalho
Título
ANALISE EPIDEMIOLOGICA DE SIFILIS NA GESTANTE NOS ULTIMOS 5 ANOS NO ESTADO DO CEARA.
Introdução
As doenças infecciosas durante a gravidez causam complicações materno-fetais e mortalidade perinatal. Nesse contexto, a sífilis, apesar de cursar de maneira assintomática em grande parte dos casos, pode ser transmitida por via sexual, sanguínea ou vertical, essa última nos casos em que a gestante não é tratada ou é tratada de maneira ineficiente, o que corrobora para desfechos gestacionais desfavoráveis, como prematuridade ou baixo peso ao nascimento, e sequelas fetais precoces ou tardias. A sífilis em gestante deve ser rastreada e tratada de maneira precoce e efetiva e constitui um agravo de notificação compulsória.
Objetivo
Analisar quantitativamente a prevalência de sífilis congênita nos últimos 5 anos, 2017 a 2021, no Estado do Ceará, correlacionando sua classificação clínica, faixa etária acometida e porcentagem de transmissão vertical.
Método
Foi realizada uma análise de dados acerca da sífilis em gestantes no Ceará que ocorreram nos últimos 5 anos, através da extração de dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).
Resultados
Houve 8771 casos no período avaliado, dos quais 2.190 foram do ano de 2019, ano de maior incidência dessa afecção. A maioria dos casos são em pacientes jovens, observou-se que 73% dos casos ocorreram em pacientes na faixa etária de 20 a 39 anos, seguido de 23,8% na faixa etária de 15 a 19 anos. No que concerne à classificação clínica, a maioria dos casos notificados se classificou como Sífilis primária, com 2.425 casos ( 27,6%), seguida pela Sífilis latente com 2.085 casos (23,7%) Demais casos foram 390 (4,4%) e 1.811 ( 20,6%), como Sífilis secundária e terciária, respectivamente. Os casos de sífilis congênita foram 5.384 (61%) dos casos.
Conclusão
A sífilis é uma infecção que sem tratamento adequado pode cursar com desfechos fetais negativos pelo risco de transmissão vertical. Portanto, faz-se necessário frisar a importância do rastreamento dessa afecção durante todo o pré-natal, bem como nos cuidados pré-concepcionais e, caso seja diagnosticada, seguir com o tratamento adequado e o acompanhamento longitudinal da gestante acometida.
Palavras Chave
Sífilis. Gravidez. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Epidemiologia.
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Liga Acadêmica de Ginecologia, Obstetrícia e do Recém-Nascido - LGORN
Área
HIV-AIDS, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST
Instituições
Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil
Autores
Lara Thaís Pinheiro Medeiros, Júlio Augusto Gurgel Alves, Isa Diniz Texeira De Paula, Milena De Souza Lucas, Letícia Linhares Freire Ferreira, Maria Isabel De Araújo Ferreira, Gabriela Silva Bastos, Lara Mesquita Gomes