VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DO TRATAMENTO DE PACIENTES COM HEPATITE B CRONICA

Introdução

A hepatite B crônica é uma infecção causada por vírus DNA de difícil resolução. Nem todo paciente tem indicação de tratamento. Apesar de ter uma baixa chance de cura, compreendida pela negativação sustentada do HBsAg, o tratamento objetiva suprimir a replicação viral, negativar o HBeAg, normalizar as enzimas hepáticas, melhorar a inflamação prevenindo o aparecimento de cirrose e câncer de fígado.

Objetivo

Análise comparativa entre o grupo de pacientes que fizeram tratamento contra para Hepatite B com admissão do ambulatório.

Método

Estudo observacional, quantitativo, transversal e retrospectivo. Foram analisados 246 prontuários de pacientes acompanhados por hepatite B crônica em ambulatório de referência terciária. Foram incluídos pacientes HBsAg positivo, maiores de 18 anos. Foram analisadas variáveis como sexo, idade, fase clínica, coinfeção HIV e com hepatite C, avaliação laboratorial (TGO, TGP, Contagem de plaquetas, Bilirrubina Total, PCR-HBV), tratamentos utilizados e resultados encontrados.

Resultados

Dos 246 pacientes, 163 realizaram tratamento para Hepatite B. A Medicação mais utilizada em geral e como tratamento inicial foi o tenofovir (130 - 108), seguido pelo Entecavir (46 - 37), Lamivudine (22 - 9) e Interferon (7 - 7). 28 pacientes utilizaram mais de uma medicação ao longo do tratamento, sendo 20 destes troca de medicação por complicações ou escolha terapêutica e os demais por tratar também HIV. A média de tempo de tratamento dos pacientes foi de 6 anos. 11 pacientes positivaram o Anti-HBsAg e 6 destes sustentaram por mais de 2 anos, sendo considerados curados. 4 dos 6 pacientes ainda negativaram o HBsAg. 63 pacientes tiveram normalização das enzimas hepáticas, 16 negativou HBe, 18 positivou anti-HBeAg e 69 tornaram o PCR-HBV indetectável. O PCR-HBV médio antes do tratamento era de 8 bilhões de cópias, passando para 1,7 milhão de cópias. 30 pacientes desenvolveram ou tinham cirrose no início do acompanhamento. 90 dos 163 pacientes passaram para a fase inativa da doença após o tratamento. Destes, 61 utilizavam TNF isoladamente, 9 utilizavam Entecavir, 2 utilizavam 3tc+TNF associado ao Entecavir. 51 eram HBeAg negativo e 39 eram HBeAg Positivo ao diagnóstico.

Conclusão

Percebe-se que o Tenofovir é ainda a principal medicação de escolha para tratar hepatite B e tem resultados numericamente expressivos, sobretudo na normalização das enzimas hepáticas, diminuição e indetecção do PCR-HBV DNA. Porém, as taxas de cura continuam baixas e considerados casos raros, o que incita maiores

Palavras Chave

Vírus da Hepatite B, Hepatites Virais, Infectologia

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Área

HIV-AIDS, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST

Instituições

Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil

Autores

Melissa Macedo Peixoto Nascimento, Alice Diagenes Parente Pinheiro, Maria Beatriz Alves de Amorim, Lucas Quezado Gonçalves Rocha Garcez, Nicole Matias Duarte, Maria Eduarda Pinto Marinheiro, Maria Macedo Saraiva Tavares, Elodie Bomfim Hyppolito